Tendo em vista que a Psicologia Ambiental é uma área extremamente multidisciplinar, envolvendo diversas outras áreas de conhecimento, nada mais previsível que utilize diversas abordagens metodológicas em sua pesquisa. A integração desses métodos, tanto no momento da aplicação quanto na análise de resultados, é essencial.
Sendo assim, além de métodos herdados de outras áreas, existem alguns mais específicos da psicologia ambiental. Entre eles, modelagem topográfica, utilização de fotografias, mapeamento cognitivo, mapeamento comportamental, vestígios ambientais, entre outros. A utilização de vestígios ambientais consiste em uma análise dos resíduos ou sinais de ocupação anterior de determinado ambiente, mesmo que o pesquisador não tenha presenciado os usuários e/ou suas ações no local. E é este método que o presente texto focaliza.
Esses vestígios podem ser elementos retirados (como os caminhos informais) ou adicionados ao ambiente. Em grandes cidades, podemos perceber a todo instante esse tipo de marca adicionada. Deparamo-nos com lixo, pichações, depredações, marcas de personalização, arte urbana, e por aí vai. Valores morais à parte (e poluição visual à parte), podemos encontrar incríveis manifestações artísticas – e muitas vezes, na correria habitual, não paramos para aprecia-las. Mas não há problema, farei esse trabalho por vocês: mostrarei as três mais impressionantes (em minha opinião, é claro, e dentre um turbilhão de imagens maravilhosas) intervenções artísticas urbanas.
A primeira foto é uma interação intitulada Wall Not Found, criada por John Scarrat. Infelizmente, não consegui encontrar a cidade onde o trabalho foi feito. Também não encontrei muitas informações sobre o trabalho, mas achei muito criativo.
A segunda foi feita pelos artistas Annette Paul, Christopher Rossner e Andre Temple na cidade de Dresden, Alemanha. O prédio não é só agradável visualmente; contém elementos sonoros muito interessantes. Os artistas combinaram a fachada azul e verde com as calhas metálicas, que fazem diferentes sons conforme a chuva passa por eles.
A terceira é uma criação de Mr Thoms, na Itália. Essa arte utiliza componentes do próprio cenário na composição. Repararam?
Viram? Nem só de vandalismo consiste a arte de rua. Apesar de não passar nem perto de ser uma artista, sou uma grande apreciadora; demorei horas escrevendo esse texto por ficar olhando várias e várias imagens, fiquei completamente empolgada! Espero que vocês tenham gostado.
Obs: grupo, vamos mudar de tema? Hahaha.
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A Ana Giulia pensa assim. E você? Participe!
umaoutracidade 
Esses gêmeos de sampa que começaram no grafite estão sendo reconhecidos internacionalmente por seu trabalho e esse vídeo de 2009 mostra uma exposição de arte deles: http://www.youtube.com/watch?v=-XLrae8FcP8
Achei as frases finais do vídeo super interessantes para pensar como a cidade e a vida rotineira é modificada por essas intervenções. Nelas, um deles explica o que é grafite e porque o grafite é importante para a cidade: ‘Porque eu acho se você não usar a cidade, ela vai te usar’. É isso mesmo?! Uma vida comum, com as ruas sempre iguais seria mais aceitável?
O interessante do vestígio ambiental é que ele nos dá muitas informações, quando a gente sabe interpretar corretamente esses vestígios. Pode indicar que tipo de pessoas passaram, o que fizeram, e até mesmo se houve algum evento específico na região! Muito interessante notar que as artes que você mostrou mostra que tipo de arte e cultura predomina naquela região. O mais interessante, na minha opinião, foi a fachada do prédio na Alemanha, onde os moradores interviram na fachada para ouvirem sons diferentes além da chuva! Dá pra imaginar que algum morador conhecia alguma coisa sobre física e ondas. Acredito que essas intervenções são importantes, pois enriquecem e embelezam a cidade, o que, já vimos em sala, que é capaz de interferir diretamente no modo como as pessoas agem e pensam.